"Já do seu Rei tomado têm licença
Para partir do Douro celebrado
Aqueles, que escolhidos por sentença
Foram do Duque Inglês experimentado.
Não há na companhia diferença
De cavaleiro destro ou esforçado;
Mas um só, que Magriço se dizia,
Destarte fala à forte companhia"
HOSTE DO MAGRIÇO
ASSOCIAÇÃO DE RECREAÇÃO HISTÓRICA DE PENEDONO
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
A história do Magriço
Álvaro Gonçalves Coutinho, o insigne Magriço, filho de D. Leanor Dias Gonçalves de Azevedo e de D. Vasco Gonçalves Coutinho, teve berço nestes coutos e vales que orgulhosamente ostentam o mui nobre nome de Penedono. De casta guerreira, os seus feitos e valentias chamaram a atenção de um dos maiores, senão o maior, poeta português, Luís Vaz de Camões que, pela pena e engenho o imortalizou no Canto VI de Os Lusíadas, onde narra o episódio dos Doze de Inglaterra.
Reza a história que em tempos idos (séc. XIV), nas cortes de Inglaterra, doze nobres ingleses ofenderam doze damas, alegando que as mesmas não eram dignas desse nome e, como tinham certo o que diziam desafiavam quem quer que fosse a provar-lhes o contrário.
As doze damas feridas no orgulho e na sua integridade, recorreram ao Duque de Lencastre, pedindo-lhe que por armas defendesse a sua honra. O Duque de Lencastre, diplomata por excelência, não querendo gerar conflitos entre os seus lembrou-se de bravos cavaleiros portugueses que vira combater contra Castela ao lado do Rei de Portugal, D. João I.
Assim encarrega-se o Duque de enviar missivas aos cavaleiros portugueses e ao próprio Rei que, tomando conhecimento dos factos logo autoriza a expedição a Inglaterra.
Nomeado por el-rei D. João I como líder da expedição, o Magriço aceitou o repto e com mais onze valorosos guerreiros dispôs-se a partir para Inglaterra.. Todos embarcaram num navio que os havia de levar à contenda, excepto o Magriço que decidiu partir a galope para “conhecer terras e águas estranhas, várias gentes e leis e várias manhas” prometendo estar presente na altura certa..
Chegados a Inglaterra os onze cavaleiros portugueses preparam-se, de imediato, para o combate sob o olhar atento das damas que iriam defender; no entanto, uma havia que quase se entregava ao desespero, pois o seu cavaleiro, o Magriço, ainda não tinha aparecido, pensando ela que o mesmo havia desistido da demanda. Porém, quando as trompetas anunciavam o início do torneio eis que surge o Magriço integrando prontamente a hoste lusa.
O combate foi breve sorrindo a vitória aos doze portugueses que a partir desse momento haveriam de ser conhecidos como os Doze de Inglaterra. No terreiro jaziam, a par de alguns ingleses, as injurias que haviam proferido contrastando com a alegria e satisfação das doze damas que viram assim, e pelas mãos de tão bravos lusos, a sua honra permanecer imaculada.
Após os festejos que se seguiram os portugueses regressam a Portugal, mais uma vez sem o Magriço que não resistindo ao seu espírito aventureiro por lá se queda mais uns tempos.
O Magriço não é uma personagem saída de uma qualquer mente mais criativa, existiu e os seus feitos são atestados por documento existente na Torre do Tombo que, consta de uma carta datada de 26 de Dezembro de 1411 onde D. João Duque de Borgonha e Conde da Flandres reconhece os grandes serviços a si prestados por Álvaro Conçalves Coutinho.
Reza a história que em tempos idos (séc. XIV), nas cortes de Inglaterra, doze nobres ingleses ofenderam doze damas, alegando que as mesmas não eram dignas desse nome e, como tinham certo o que diziam desafiavam quem quer que fosse a provar-lhes o contrário.
As doze damas feridas no orgulho e na sua integridade, recorreram ao Duque de Lencastre, pedindo-lhe que por armas defendesse a sua honra. O Duque de Lencastre, diplomata por excelência, não querendo gerar conflitos entre os seus lembrou-se de bravos cavaleiros portugueses que vira combater contra Castela ao lado do Rei de Portugal, D. João I.
Assim encarrega-se o Duque de enviar missivas aos cavaleiros portugueses e ao próprio Rei que, tomando conhecimento dos factos logo autoriza a expedição a Inglaterra.
Nomeado por el-rei D. João I como líder da expedição, o Magriço aceitou o repto e com mais onze valorosos guerreiros dispôs-se a partir para Inglaterra.. Todos embarcaram num navio que os havia de levar à contenda, excepto o Magriço que decidiu partir a galope para “conhecer terras e águas estranhas, várias gentes e leis e várias manhas” prometendo estar presente na altura certa..
Chegados a Inglaterra os onze cavaleiros portugueses preparam-se, de imediato, para o combate sob o olhar atento das damas que iriam defender; no entanto, uma havia que quase se entregava ao desespero, pois o seu cavaleiro, o Magriço, ainda não tinha aparecido, pensando ela que o mesmo havia desistido da demanda. Porém, quando as trompetas anunciavam o início do torneio eis que surge o Magriço integrando prontamente a hoste lusa.
O combate foi breve sorrindo a vitória aos doze portugueses que a partir desse momento haveriam de ser conhecidos como os Doze de Inglaterra. No terreiro jaziam, a par de alguns ingleses, as injurias que haviam proferido contrastando com a alegria e satisfação das doze damas que viram assim, e pelas mãos de tão bravos lusos, a sua honra permanecer imaculada.
Após os festejos que se seguiram os portugueses regressam a Portugal, mais uma vez sem o Magriço que não resistindo ao seu espírito aventureiro por lá se queda mais uns tempos.
O Magriço não é uma personagem saída de uma qualquer mente mais criativa, existiu e os seus feitos são atestados por documento existente na Torre do Tombo que, consta de uma carta datada de 26 de Dezembro de 1411 onde D. João Duque de Borgonha e Conde da Flandres reconhece os grandes serviços a si prestados por Álvaro Conçalves Coutinho.
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